Fazer betão de forma criativa

Revista

IBERA - Indústria de Betão: fazer betão de forma criativa.

Devagar, com muito peso e com o motor sempre a trabalhar. É assim o dia-a-dia das autobetoneiras da IBERA. O transporte e a descarga de betão não pode falhar e os consumos são fundamentais para a atividade. É por isso que a empresa confia na fiabilidade e economia das viaturas Mercedes-Benz.

Ricardo Matias, Diretor de Produção e Mercado da IBERA (esq.) e Vítor Barbosa, Presidente do Conselho de Administração da empresa, acreditam que o setor do betão está em evolução.
Ricardo Matias, Diretor de Produção e Mercado da IBERA (esq.) e Vítor Barbosa, Presidente do Conselho de Administração da empresa, acreditam que o setor do betão está em evolução.
Para reforçar os excelentes atributos dos Mercedes-Benz Arocs, a IBERA confia no contrato de serviço.
Para reforçar os excelentes atributos dos Mercedes-Benz Arocs, a IBERA confia no contrato de serviço.

A empresa só faz betão pronto. “É por si só uma atividade tão criativa e desafiante que não precisamos de outra.” A sala ri perante a afirmação de Vítor Barbosa, presidente do conselho de administração da IBERA – Indústria de Betão, mas o coproprietário da empresa fala a sério. Isso transparece no entusiasmo com que continua a explicar os desafios quotidianos desta, aparentemente, simples operação. “A logística é muito interessante, porque trabalhamos sem stock de produto. Quando recebemos a encomenda temos de reagir na hora. Pedimos 48 horas de antecedência, mas por vezes é no próprio dia… Daí a necessidade de termos os silos cheios de cimento e de agregados, e meios próprios de distribuição, as autobetoneiras, a sair de centros de produção não muito longe das obras. Além disso, o betão que é feito na altura para cada obra é só para aquela e não pode sobrar, nem faltar. É como se fosse um produto alimentar perecível.”

Fundada em Évora há 28 anos e ligada ao grupo Cimpor há 27 (que tem uma participação de 50%), a IBERA foi batizada como Indústria de Betão da Região do Alentejo. O crescimento e a influência da Cimpor levaram-na a expandir-se para fora da zona e o próprio nome acabou por deixar de ostentar a referência geográfica. No entanto, hoje em dia, a empresa está de novo concentrada a sul do Tejo, com cinco centros de produção de betão em Évora, Sines, Beja, Reguengos de Monsaraz e Borba. E um sexto em Montemor-o-Novo, que é ativado apenas quando necessário.


Setor em evolução.

Vítor Barbosa fala dos ciclos normais do setor.Numa primeira fase, entre 1990 e o ano 2000, a IBERA não parou de crescer. Fez aquisições e alienações, sempre com o objetivo de se expandir e, para isso, aproveitou a grande onda de investimentos públicos, após a entrada de Portugal na União Europeia: a Expo 98 e a construção da autoestrada A6, por exemplo. Já a internacionalização da Cimpor, nos anos 90, proporcionou à IBERA ferramentas de gestão, visão estratégica e inovação, embora a empresa tenha mantido sempre a sua autonomia.

Seguiu-se um período de estabilização, entre o virar do século e 2012, em que a manutenção da empresa a um nível muito elevado de atividade dependeu de uma expansão territorial para além do eixo Montemor-Elvas. A empresa cresceu para Sines e Beja, e montou até centrais temporárias em Mourão, Monte de Trigo e Moura, que lhe permitiram participar na primeira fase do empreendimento do Alqueva.

A crise de 2008, em Portugal, acabou por se refletir muito no setor, centrado na construção civil. O impacto foi menor em empresas internacionais como a Cimpor, mas teve um efeito profundo nas empresas de betão, que têm um produto que não pode viajar para muito longe. Com o fim das obras públicas e das privadas (devido à crise de financiamento), a empresa teve de se ajustar. Neste momento, possui cerca de metade da estrutura e os investimentos só foram retomadas a partir de 2016. A renovação da frota foi um deles.


Fiabilidade e economia.

O papel das autobetoneiras é crítico nesta atividade. “O normal é um cliente pedir mais de uma betoneira de produto e, dependendo da quantidade e da distância, temos de gerir um ciclo de carga, transporte, descarga, regresso à central e nova carga, transporte, descarga. Apostamos na Mercedes-Benz porque estamos convencidos de duas vantagens importantes. Por um lado, o consumo de combustível, que é determinante, porque os camiões andam lentamente, com muito peso, e podem demorar hora e meia a fazer percursos médios de 25 quilómetros. Na obra, enquanto são retiradas amostras ou se espera pela altura certa de descarregar, as viaturas também estão sempre a trabalharparadas, para agitar o betão, o que faz disparar os consumos. Por outro lado, é fundamental a fiabilidade e os custos de conservação e manutenção”, confirma Vítor Barbosa.


A experiência passada confirma a confiança na marca. O Diretor de Produção e Mercado da IBERA, Ricardo Matias, recorda como, para renovar a frota, venderam para Cabo Verde dois dos primeiros veículos Mercedes-Benz que tinham adquirido: “Com 21 anos, estavam em perfeitas condições.” Este exemplo de fiabilidade e o “excelente valor de retoma”, inspirou o reforço da equipa, nos últimos dois anos, com mais auto-betoneiras Mercedes-Benz Arocs. E para facilitar ainda mais a gestão de frota, a empresa confia nos contratos de serviço da marca da estrela.

Agora que a atividade está centrada no investimento privado de alguma dimensão, estimulado pelos fundos comunitários para o turismo e para infraestruturas agro-industriais, a IBERA tem estado também presente em várias obras do Porto de Sines e na construção de moradias com projetos de arquitetura fora do comum, para além de pequenas obras, que nunca param.

Num futuro próximo, confessa Vítor Barbosa, confiam que voltarão a ter  algumas obras de grandes dimensões. "Temos uma grande preocupação com o ambiente e a eficiência energética!”, conclui o nosso interlocutor. As certificações da IBERA demonstram-no: já têm a de Qualidade
(ISO 9001) e a de Saúde e Segurança no Trabalho (ISO 18001) e, com os processos de reutilização de água e de tratamento de resíduos que já têm instituídos, estão prestes a obter a Ambiental (ISO 14001).

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