Viagem no tempo: 1977 – «Hit the road» com o NG 2632/6x4

Série: Trucking Milestones

A altitudes gélidas.

Em 1978, a Mercedes-Benz concretiza o sonho de muitos turistas de esqui na montanha Crap Sogn Gion na Suíça.


Crap Sogn Gion é até hoje um chamariz para fãs dos desportos de inverno. Quando é construído um novo teleférico no final dos anos 70, a Mercedes-Benz também participa: em 1978, uma caravana invulgar de veículos Mercedes-Benz arranca no vale do cantão suíço de Graubünden. Ela carrega o cabo circulante mais comprido jamais produzido até à data: com 7.400 metros de comprimento, 52 toneladas de peso e 43 milímetros de diâmetro. O destino é a estação superior na montanha a 2.600 metros de altitude. A caravana transporta o cabo unido que se encontra distribuído por quatro NG 2632/6x4 e um Unimog U 1500 que vai à frente. Outros participantes do grupo: um camião-grua com tração às quatro rodas 1924 com guincho de 50 toneladas, que serve de veículo de segurança, e um Unimog U 1100 com cabina dupla como veículo de salvamento.



Um número de equilibrismo apropriado para o circo.

Voltemos aos NG 2632/6x4: incluindo o tambor para cabos que se encontra no primeiro veículo, o peso total médio por veículo é de 28 toneladas. Além disso, todos os camiões e o Unimog, que vai à frente, estão ligados entre si por cabos de reboque. Isso tem a sua razão de ser: temporariamente são percorridos caminhos de terra estreitos com subidas de até 30%. Nas curvas apertadas e íngremes, o centro de gravidade dos camiões transfere-se para o eixo traseiro, fazendo praticamente com que o eixo dianteiro aliviado perca a capacidade de direção e obrigando a que a caravana seja puxada pelo Unimog que se desloca à frente. É um número de equilibrismo apropriado para o circo que a Mercedes-Benz executa sem erros. O cabo chega ao destino em segurança. Ou seja, quem vai hoje com os seus esquis no teleférico para a montanha Crap Sogn Gion, pode bem pensar um pouco na Estrela e agradecer baixinho.


Fotografia: Daimler AG

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