A NOSRETI transporta tudo o que é mais comprido, mais largo, mais alto ou mais pesado que o habitual

A NOSRETI olha com orgulho para uma história de 60 anos. A empresa prossegue a tradição da CSAD Schwertransporte Ostrau, onde ainda hoje está sediada. Há um mês iniciou-se um novo capítulo da sua história: a NOSRETI tornou-se parte do fornecedor líder no mercado europeu, o Grupo Universal Transport. «Ao longo das décadas da nossa existência, transportámos, de facto, uma vasta gama de cargas: de máquinas e equipamentos para a agricultura, a construção e as forças militares, passando por aviões, elétricos e autocarros a equipamentos de montagem e embarcações de lazer», explica o gerente Ales Havlasek. «Mas transportámos também geradores e transformadores de dimensões gigantescas, bem como outras cargas pesadas com um volume extraordinário.»

E qual é o limite de peso máximo das cargas que a NOSRETI pode transportar? A resposta a esta pergunta é dada frequentemente aos clientes com um piscar de olhos: «Bem, quase tudo pode ser transportado, trata-se apenas de uma questão de preço.» Recentemente houve transportes de cargas pesadas cujo próprio peso atingia quase as 400 toneladas. O que corresponde aproximadamente a 67 elefantes africanos machos adultos. A comparação com os elefantes não surge por acaso: há uns anos atrás a NOSRETI foi incumbida de transportar uma girafa adulta para um Jardim Zoológico.

Há já algum tempo que a empresa aposta em veículos Mercedes-Benz. Esta dispõe de dois tratores pesados Actros que circulam com um semirreboque modular para cargas pesadas THP da empresa Goldhofer. Para o transporte de cargas mais leves são utilizados mais três veículos tratores. A empresa optou pela tecnologia com a estrela depois de ter tido uma experiência positiva com o Actros. «Mas o Arocs é justamente o ideal no nosso setor. São simplesmente veículos fiáveis, fortes e potentes, nos quais podemos confiar, mesmo para os transportes mais difíceis», prossegue Ales Havlasek.

– Petr Gelnar,Diretor do departamento de planeamento de rotas na NOSRETI Specialtransport

Ao longo do processo de preparação, há uma série de fatores a ter em consideração. As questões-chave são, por exemplo, a altura livre e a resistência máxima das pontes, os bloqueios de estrada vigentes, assim como outros entraves e restrições. O planeamento de rotas não é fácil, especialmente nos meses de verão, pois há que contar com vários bloqueios de estradas. «Não podemos ignorar também a previsão meteorológica, nomeadamente quando há avisos de tempestade, chuva forte ou queda de neve. Temos de estar preparados para todos os desafios da Mãe Natureza», prossegue Gelnar.

A conhecida morosidade administrativa também dificulta a vida aos colaboradores da NOSRETI no planeamento de rotas. Antes de poder iniciar a longa e exigente viagem com uma carga gigantesca, há que passar primeiro por um longo processo de clarificação e obtenção de todas as autorizações necessárias. Assim, há que estar na posse das autorizações de todos os operadores da administração rodoviária – e o seu parecer tanto pode pender para um lado, como para outro. Em caso de parecer negativo, há duas possibilidades quanto ao modo como prosseguir: um rota alternativa ou voltar à mesa das negociações para novas conversações com os responsáveis.

No entanto, por vezes, a deterioração da estrada ou um agravamento do estado das pontes podem complicar o processo de autorização. Para ser mais específico, lá porque se atravessou uma ponte dez vezes, isso não significa que também seja possível atravessá-la uma décima primeira vez. O desgaste físico da ponte poderia ter-se deteriorado nesse meio tempo e o peso da carga seria então simplesmente demasiado elevado. «Só depois de obtidas todas as licenças é que nos dirigimos ao Ministério dos Transportes», diz Gelnar. «Enquanto autoridade máxima, o Ministério concede-nos autorização para uma utilização especial da estrada.»

Mais simples é o caso das licenças permanentes com um prazo de três meses, que dizem respeito, na sua maioria, a cargas até 48 toneladas e até uma largura de 3,5 metros. No caso destas cargas, é evidente que o seu peso não pode pôr em perigo as estruturas das pontes, uma vez que não se tratam de cargas extremamente pesadas. As autorizações de três meses são emitidas para o transporte em autoestradas e estradas principais. Este é o caso mais frequente para o transporte de aviões militares ou de máquinas agrícolas.

Para colocar na estrada um transporte de cargas pesadas ou de grandes dimensões e assegurar que tudo corra o melhor possível, muitas vezes é necessário o apoio de outras entidades. Por exemplo, a cooperação com os peritos em energia dos caminhos de ferro checos ou com os operadores de telecomunicações faz parte do dia a dia, já que é a estes que compete desligar ou desmantelar cabos ou sistemas de alimentação acima do solo. A necessidade de uma colaboração mais estreita com a polícia não é invulgar, que com a respetiva luz azul confere ao transporte o seu devido peso e assegura a atenção dos outros utentes da via. Também o transporte do enorme estator para a central elétrica de Mochovce não poderia ter sido feito sem a colaboração da polícia. O seu apoio foi necessário, pois a carga excedia os parâmetros de carga permitidos sem escolta policial.

Pode haver imprevistos ou surpresas no transporte de grandes volumes? O diretor do planeamento de rotas acena afirmativamente com a cabeça. «Quando transportamos componentes de máquinas com 160 toneladas e uma largura de sete metros e, de um dia para o outro, há uma feira com um carrossel e um castelo insuflável que aparece subitamente na rota previamente inspecionada e aprovada, a situação, na realidade, já só é bizarra», diz Petr Gelnar com um sorriso. «Ainda que nesse momento represente um problema real para a nossa equipa de projeto, o qual tem de ser resolvido de imediato.»

«Por sorte, foi esta a única armadilha que o tráfego rodoviário nos colocou pelo caminho.» O transporte, que chegara a Pilsen no domingo pouco antes da meia-noite, atravessou os portões da central nuclear eslovaca de Mochovce às três horas da sexta-feira da semana seguinte. O estator, com as suas 184 toneladas, chegava finalmente ao destino. A NOSRETI pode dar-se por satisfeita: como é habitual e também desta vez, a tripulação dos veículos e toda a equipa do projeto fizeram um excelente trabalho!

Fotografia: MediaTrust