Logística de bebidas: Como chega a Coca-Cola à garrafa e ao consumidor?

Economia & Logística

Mensagem na garrafa.

A produção na Coca-Cola é segura, limpa e automatizada. Os elevados padrões também se aplicam às entregas. Por esse motivo, a empresa aposta unicamente em veículos pesados da Mercedes-Benz na distribuição.

Limpeza impecável. Devolvidas, limpas e prontas para o próximo ciclo: em Hildesheim enchem-se até 46.000 garrafas por hora.


Este título pertence à banda sonora do verão: o abrir da porta do frigorífico, o ruído de garrafas de vidro, o estalido da cápsula. Uma Coca-Cola bem gelada na garrafa pequena de 0,2 litros é um culto. A "Mercedes-Benz Transport" pôs-se a caminho da fonte e acompanhou a pequena garrafa ao longo da sua viagem. E esta começa, por exemplo, em Hildesheim. É aqui que se encontra uma das 16 localizações de produção da Coca-Cola na Alemanha. Os cerca de 500 colaboradores da fábrica asseguram a saída de garrafas cheias das cinco linhas de produção ao longo de 24 horas por dia. O objetivo deste ano: todos os dias deverão ser engarrafados um milhão de litros.

O enorme armazém está recheado de sons sibilantes, estalidos e zumbidos. Esta orquestra é dirigida por Alexander Haferkamp. O diretor de produção de 35 anos tem de manter tudo sob controlo: O fornecimento de garrafas vazias é suficiente? Há xarope para quanto tempo? Neste momento os equipamentos deverão ser preparados para que tamanho de garrafa? Todas as máquinas são observadas, as falhas e anomalias são registadas com exatidão. Os mecânicos estão sempre a postos para minimizar os períodos de paralisação. Para o técnico formado no fabrico de cerveja e a sua equipa não há dois dias iguais.

Processos ajustados com precisão.

Para a pequena garrafa de Coca-Cola, pelo contrário, o processo é sempre o mesmo. Após a entrega, as garrafas são retiradas das grades, lavadas e ordenadas. Dois colaboradores recolhem garrafas de outros formatos do tapete rolante. No passo seguinte, todos os corpos estranhos têm de ser removidos da garrafa. Segue-se a instalação de lavagem das garrafas. "As garrafas são mergulhadas a 80 graus Celsius sucessivamente em duas soluções alcalinas diferentes e são depois enxaguadas com água. No final, as garrafas ficam absolutamente limpas", afirma Haferkamp. Em seguida entra o "Inspetor": o aparelho examina por scan cada garrafa, não deixando escapar qualquer dano, por muito pequeno que seja.

Só então surge o momento decisivo: na máquina de enchimento a Coca-Cola chega à respetiva garrafa. Antes, a bebida havia sido misturada num pavilhão adjacente em discretos tanques. A partir de água potável, xarope – cuja receita é absolutamente secreta – e, naturalmente, dióxido de carbono.

A máquina integrada no sistema de garrafas reutilizadas consegue encher entre 40.000 e 46.000 garrafas por hora. "É o coração da linha de produção e impõe o ritmo: a capacidade das outras máquinas de produção está ajustada à capacidade de enchimento", explica o Diretor de produção Haferkamp. Em função da velocidade são colocadas etiquetas e cápsulas em onze garrafas por segundo, por exemplo, antes de estas passarem por um último controlo de qualidade e acabarem nas grades amarelas, limpas.



"O cliente aguarda o produto certo, na quantidade certa, na altura certa e com a qualidade certa. É por isso que é extremamente importante ter uma logística de fornecimento a funcionar bem."

– Francis Driessen, Diretora de Logística em rede para as instalações de Achim e Lüneburg


A Coca-Cola deixa agora a área de produção em grupos de 40 caixas. Uma garrafa percorreu o seu trajeto ao longo de cerca de uma hora nos tapetes rolantes de Hildesheim. Da área de paletização passa para o armazém, de onde sai diretamente para o cliente e os centros de distribuição da região.

"124 dias sem acidentes de trabalho. O período mais longo sem acidentes de trabalho: 370 dias." O quadro na entrada do armazém de distribuição em Achim, perto de Bremen, mostra-o: na Coca-Cola Alemanha, a segurança é levada a sério. Não é pois de admirar, que os camiões da Mercedes-Benz sejam a maioria na frota de 17 veículos. "O cliente aguarda o produto certo, na quantidade certa, na altura certa e com a qualidade certa. É por isso que é extremamente importante ter uma logística de fornecimento a funcionar bem", diz Francis Driessen, Diretora de Logística em rede para as instalações de Achim e Lüneburg. Um olhar para o armazém ocupado em 2017 confirma-o. Tudo é mantido extremamente limpo e organizado. Se por ventura alguma coisa se quebra, os cacos desaparecem num ápice.


No meio. O Diretor de Produção Alexander Haferkamp e a sua equipa asseguram que tudo corra sem problemas.
No meio. O Diretor de Produção Alexander Haferkamp e a sua equipa asseguram que tudo corra sem problemas.

Com confiança, de Achim para a região.

As encomendas para o dia seguinte são preparadas a partir das 11 horas, num processo totalmente sem papel graças à gestão eletrónica do armazém. Os colaboradores do armazém trabalham com dez preparadores de encomendas para que os clientes recebam de entre os cerca de 300 produtos exatamente aquilo que pretendem. Cada trabalhador movimenta 18 toneladas por turno, o que corresponde a duas cargas de camião. Os veículos prontos para serem expedidos estão estacionados em frente ao edifício. É daí que partem os 17 condutores de entregas na manhã seguinte, às 4 horas da manhã, para a região.

O condutor de entregas, Christian Walter, abre a lona do seu Antos 2540 vermelho vivo. Depois faz um sinal a Siegfried Schmülling, o condutor do empilhador, que conduz um empilhador de mastro triplo. Este pode movimentar até três paletes em simultâneo. Assim não é preciso muito tempo para juntar três toneladas e meia de peso. A colocação de cada palete no camião depende das condições no local, junto do cliente: Existe uma rampa? Qual a quantidade a fornecer? O cliente tem uma máquina empilhadora ou a descarga tem de ser feita com um pequeno empilhador manual, sempre presente a bordo?

Entre os clientes habituais contam-se grandes grossistas, como cadeias de distribuição e empresas da gastronomia, como a cantina do porto de Bremerhaven, por exemplo. Mas também o pequeno quiosque, que encomenda regularmente uma quantidade mínima de garrafas de litro, é abastecido. Nestes casos, os condutores ainda chegam a receber por vezes pequenas quantias em dinheiro. Para o condutor Christian Walter é este o leque de clientes que lhe dá mais gozo. Há quatro anos que o homem de 28 anos trabalha para a Coca-Cola, há quase dois que integra como condutor a "frota vermelha". Maioritariamente no centro da cidade de Bremen – por volta são 70 quilómetros com muitas paragens.



Bem equipado para a época alta.

Um terreno ideal para o seu Antos com Assistente de Faixa de Rodagem e Active Brake Assist 3 a bordo. Para além dos sistemas de assistência, de que equipamentos é que não gostaria de prescindir? "Do aquecimento dos bancos e do sistema de ar condicionado", diz Walter. Pode contar com eles, quando, na atividade sazonal, há muito que fazer. E nessa altura, ou faz calor ou faz frio: a Páscoa e o Natal são os períodos de maior faturação. E, naturalmente, o verão. Claro, nessa época do ano, também no norte da Alemanha se acendem as grelhas e se colocam as bebidas no frio.

Doze grades amarelas com garrafas de 0,2 litros de Coca-Cola vão hoje para o Grillfeuer BBQ. Os entusiastas do churrasco não vendem apenas grelhadores de alta qualidade, como organizam também cursos de cozinha, BBQ e grelhados. Que simplesmente combinam muito bem com: uma Coca-Cola bem gelada diretamente da garrafa.


Fotografia: Christian Schmid
Video: Martin Schneider-Lau

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